24.10.06

Debate que eu gamo

Mesmo para quem gosta, está ficando chato. Foi um debate com gosto de café requentado, com cara de remontagem dos anteriores. Lula improvisou bastante, fiel ao seu estilo, o que é bom, mesmo correndo o risco de se enrolar e falar algumas bobagens de vez em quando. Alckmin parecia um robô programado para repetir as mesmas acusações usando as mesmas palavras, os mesmos números, as mesmas vírgulas, a mesma entonação. Parece que ligaram o Geraldo em looping e programaram para só parar no dia 29.

Os destaques do debate foram os jornalistas. Adriana Araújo, Bob Fernandes e Cristina Lemos fugiram do óbvio e fizeram perguntas que surpreenderam os candidatos. Questionado por Bob Fernandes sobre os mecanismos de controle social dos meios de comunicação, Lula partiu para o embromation. Geraldo, por sua vez, não respondeu nenhuma das perguntas que lhe foram dirigidas pelos jornalistas. Citou Mário Covas várias vezes, mas parece que estudou também na cartilha do Maluf: o jornalista pergunta uma coisa e ele responde outra, completamente diferente.



Refazendo as contas
No último bloco do debate, Geraldo destacou o fato de ter sido um estudante pobre, que precisou trabalhar para pagar a faculdade etc. Lembrei de um e-mail que recebi há alguns dias, sobre os primeiros anos de sua vida política, que pode ser resumido assim:

  • Geraldo se elegeu vereador aos 19 anos e aos 23 anos, foi eleito prefeito da sua cidade natal. Geraldo formou-se em medicina e fez residência (especialização) como anestesista.
  • Supondo que Geraldo entrou na faculdade aos 18 anos, que um cuso de medicina dura em média 5 anos e que o período de especialização é de 2 anos, ele somente se tornou anestesista aos 25 anos.
  • Acontece que durante esse período (dos 19 aos 27 anos) ele estava em pleno exercício dos seus mandatos (vereador e, em seguida, prefeito). Como não existe nenhum curso noturno de medicina (na verdade, tanto a graduação quanto a especialização, praticamente, exigem dedicação integral do estudante), somos levados a concluir que: ou Geraldo não frequentava as aulas (o que é pouco provável), ou recebia dinehiro do povo e não trabalhava.

Claro que isso não passa de especulação, mas faz sentido.


2 comentários:

Bruno lage disse...

Rapaz, muito boa essa conta!!

Matemática básica, realmente serve pra muitas coisas!!

Anônimo disse...

Acho que você está coberto de razão, tem caroço neste angu.