17.11.06

Ainda sobre a insensatez

O senador Azeredo aceitou retirar do seu projeto, provisoriamente, a parte referente à obrigatoriedade de identificação dos usuários da Internet. Alguns membros do governo e representantes de entidades ligadas ao setor deram declarações públicas contrárias à idéia. Ainda bem!

Eu, apesar dos argumentos do "Anônimo", continuo cético em relação à viabilidade da identificação obrigatória, e contrário, por princípio, à sua aprovação. Já expus aqui a questão da ausência de fronteiras na Internet. É ingenuidade imaginar que medidas similares venham a ser adotadas em todos os países do mundo. Se o assunto encontra resistência no Brasil, imagine em países com muito mais tradição de respeito às liberdades individuais. Na maioria dos estados americanos, por exemplo, o cidadão não é sequer obrigado a usar um documento de identificação quando está na rua (dito de outro modo, a polícia não tem o direito de exigir prova de identidade).

Outra questão fundamental é: quem irá atestar a identidade do usuário e quanto isto irá custar? A identidade digital já existe e serve para acessar alguns serviços governamentais, atestar documentos e outras coisas mais. É emitida por empresas certificadoras autorizadas pelo governo e custa, no mínimo, R$ 150,00 por ano. Como não existe almoço grátis, alguém terá de pagar a conta e não é necessário ter bola de cristal para adivinhar quem é que vai botar a mão no bolso.

Há quem veja nisso interesses inconfessáveis por parte do senador Azeredo, uma vez que ele já dirigiu empresas de tecnologia e possui ligações fortes na área. Será?


3 comentários:

Anônimo disse...

A Identificação do Remetente é uma iniciativa defendida pela Microsoft e outros líderes do setor como uma solução técnica para ajudar na falsificação do contador, que é a prática enganosa principal usada pelos remetentes de spam.
A falsificação do domínio do email envolve o forjamento de um endereço do remetente nas mensagens de email. Pessoas mal-intencionadas usam esse recurso para levar destinatários de email a ler e responder emails falsos. Essas mensagens falsificadas podem colocar em risco a segurança online do usuário e denegrir a reputação da empresa que teria enviado a mensagem.
Freqüentemente, os emails falsificados contêm "phishing scams". Nessas manobras, um remetente de spam, apresentando-se como um parceiro confiável, como um banco ou um fornecedor online respeitável, envia milhões de mensagens de email direcionando os destinatários para sites que parecem ser oficiais, mas na realidade são fraudes. Os visitantes desses sites fraudulentos são solicitados a divulgar informações pessoais, como números de cartão de crédito ou comprar produtos falsificados ou pirateados.
A Identificação do Remetente procura verificar se todas as mensagens de email são originadas do domínio da Internet do qual alegam ter sido enviadas. Esse procedimento verifica o endereço do servidor que enviou um email junto a uma lista registrada de servidores dos quais o proprietário do domínio ou o destinatário do email permitiu o envio de emails. O provedor de serviços de Internet (ISP) ou o servidor de email do destinatário executa automaticamente essa comparação antes de a mensagem ser entregue. Se a Identificação do Remetente passar, a mensagem é entregue como um email normal.
Se a verificação não passar, a mensagem será mais analisada e poderá ser recusada pelo servidor de recebimento ou sinalizada para o usuário como uma possível mensagem enganosa. Dependendo do ISP do destinatário ou do software do servidor de email, as mensagens que não passarem na verificação da Identificação do Remetente poderão ser sinalizadas e classificadas de maneira diferente. Por exemplo, um simples ícone pode ser exibido na mensagem para indicar a falha; a mensagem pode ser enviada para a pasta de lixo eletrônico para análise do destinatário ou pode ser rejeitada e excluída automaticamente.
Não há uma única solução para interromper todo o spam e fraude online. No entanto, a Identificação do Remetente é a primeira medida significativa que muitos no setor apóiam contra spam de contador e ataques de phishing online.

Anônimo disse...

O senador Azeredo é apenas o sopro longínquo da tempestade. O centro desse turbilhão está longe dos nossos olhos e o buraco é mais encima. A Microsoft cogita mecanismos técnicos onde o usuário terá que se adaptar ou estará fora por osmose. É só aguardar e quem viver verá.

Claudia Pinelli® disse...

Q?? Hein? Ãhh??
Será???