Pedágio na Estrada do Coco.
Desde que a Estrada do Coco (que liga o litoral norte de Salvador à Linha Verde) foi privatizada, os melhoramentos não param de acontecer. O trecho entre Lauro de Freitas e Guarajuba foi duplicado (as obras de duplicação do trecho Guarajuba-Praia do Forte estão bem avançadas), a estrada está mais segura, com telefones e serviços de resgate, e o índice de acidentes diminuiu significativamente.
Num país onde as estradas estão aos frangalhos e não há alternativas para o transporte de pessoas e mercadorias, a privatização é a única saída capaz de resolver o problema a curto prazo. Trocando em miúdos, o que quero dizer é que nem toda privatização é ruim para o país. O cerne da questão é como a privatização é feita.
Matéria veiculada hoje no Folha On Line diz que a taxa de retorno das concessionárias de rodovias no Brasil é maior que a média mundial: 18%, contra 15% nos EUA e 12% na Europa. Não entendo desse assunto, sei que 3% de muito é muito, mas não posso deixar de questionar as condições em que as concessionárias de lá receberam as rodovias a serem exploradas. As daqui, com certeza, exigem investimentos iniciais muito maiores. É razoável, portanto, que o Brasil ofereça taxas de retorno maiores.
Mas, como a Folha não está aí para esclarecer e sim para confundir, a ênfase da matéria é colocada no subprocurador-geral da República Aurélio Virgílio em Brasília, para quem as margens de lucro das concessionárias só não são maiores dos que as do tráfico de drogas. Um exagero, é claro. O subprocurador deve estar mal informado sobre a lucratividade do tráfico. Ou, então, joga no time do "quanto pior, melhor". Se o governo não faz, é incompetente. Se faz e dá certo, tem ladroagem no meio.
Num país onde as estradas estão aos frangalhos e não há alternativas para o transporte de pessoas e mercadorias, a privatização é a única saída capaz de resolver o problema a curto prazo. Trocando em miúdos, o que quero dizer é que nem toda privatização é ruim para o país. O cerne da questão é como a privatização é feita.
Matéria veiculada hoje no Folha On Line diz que a taxa de retorno das concessionárias de rodovias no Brasil é maior que a média mundial: 18%, contra 15% nos EUA e 12% na Europa. Não entendo desse assunto, sei que 3% de muito é muito, mas não posso deixar de questionar as condições em que as concessionárias de lá receberam as rodovias a serem exploradas. As daqui, com certeza, exigem investimentos iniciais muito maiores. É razoável, portanto, que o Brasil ofereça taxas de retorno maiores.
Mas, como a Folha não está aí para esclarecer e sim para confundir, a ênfase da matéria é colocada no subprocurador-geral da República Aurélio Virgílio em Brasília, para quem as margens de lucro das concessionárias só não são maiores dos que as do tráfico de drogas. Um exagero, é claro. O subprocurador deve estar mal informado sobre a lucratividade do tráfico. Ou, então, joga no time do "quanto pior, melhor". Se o governo não faz, é incompetente. Se faz e dá certo, tem ladroagem no meio.
5 comentários:
José Alberto, aqui no Rio temos 3 casos clássicos de privatização de rodovias:
1) a Via Dutra, que era perigosa e mal cuidada e hoje é uma estrada bem cuidada, sinalizada, asfaltada, com pistas separadas para acesso a bairros e cidades nas suas margens, telefone de socorro, reboque, ambulância e tudo o mais. Só não falo que é coisa de alemão porque não dá para correr. Mas é otima.
2) a Rio-Além Paraiba (mais conhecida como Rio-Teresópolis) - já era uma estrada muito boa até Teresópolis e só melhorou desde então. Tem tudo o que a Dutra tem e mais longas retas onde você pode andar de pé embaixo (se o radar da Policia não te pegar! rsrsrs)
3) a Rio-Nova Friburgo: das 3 é a única que não é federal, pertence ao Estado do Rio. Era péssima, perigosa, curvas sem compensação, estreita, mais curvas que começam abertas e fecham de repente, um trecho de serra muito longo, íngreme e extremamente sinuoso, um inferno. Privatizou e colocou cabines de pedágio maravilhosas ao longo da mesma. Tapou alguns buracos, colocou sinalização vertical e... e... e... acho que só! E quando a gente reclama que a concessionária não investe na estrada, ela responde que está seguindo fielmente o contrato assinado com o Estado. Que contrato bom! (para eles, claro).
Tem também a Rio-Petrópolis que foi privatizada e ficou muito boa.
De comum todas tem o pedágio muito caro.
Um abraço e desculpe o mega-comentário.
Leia o excelente artigo sobre o cálculo do pedágio no blog do Luis Nassif, data de hoje, 12/01:
http://luisnassif.blig.ig.com.br/
Abs!
Ricardo M
www.homembaile.blogspot.com
O cerne da questão é que o governo cobra IPVA e as concessionárias cobram pedágio e nós babacas, donos de veículos automotor, pagamos duas vezes para circular nas rodovias.
Penso que privatização nem em sonho.
Fazendo uma analise vertical observamos que:
- O governo é obrigado a prover bem saúde, educação, malha viária e etc. ao custo dos impostos que pagamos.
- Nós, se quisermos bom atendimento hospitalar, boa educação e boas rodovias temos que pagar diretamente por isso.
Acho inadmissível esse separatismo.
Zé, até entro aqui de maneira bissexta, mas não tenho comentado. É que ando trabalhando demais e, como conseqüência, dor de cabeça. Não sei se cheguei a te falar, mas estou com um contrato temporário em uma rádio AM aqui do Rio. Vai até 31 de janeiro e, depois, sabe Deus o que vai me acontecer. Mas, até lá, o trabalho será grande, pois o chefe está de féria e eu estou como Chefe de Redação interina neste mês. Imagina eu, metro e meio, com pouca experiência (mas muita vontade e dedicação) encarando este desafio? Para muitos pode ser coisa pequena, até porque a própria rádio é pequena, mas para mim está sendo uma prova de fogo. Por isso minha ausência. Mas volto em breve! Beijos e apareça mais por lá, apesar dos assuntos, volta e meia, serem contra o Lula... hihihihihi!!!!! Beijos e viva a democracia!
Breve comentário sobre apenas o primeiro parágrafo: é por isso que sou a favor de (muitas) privatizações.
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